Entenda a operação face off: fraude expõe vulnerabilidades no sistema de reconhecimento facial e ameaça segurança de mais de 3 mil brasileiros.
Uma sofisticada rede criminosa conseguiu driblar o sistema de autenticação biométrica da plataforma Gov.br, principal portal de serviços digitais do governo federal, revelou a Polícia Federal após a deflagração da operação “Face Off”. A investigação, que resultou em cinco mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em nove estados brasileiros, desvendou técnicas avançadas utilizadas pelos criminosos para acessar indevidamente contas de milhares de cidadãos.
Os golpistas desenvolveram métodos para enganar o sistema conhecido como “liveness” (detecção de vivacidade), responsável por verificar se a imagem capturada pertence a uma pessoa real e viva no momento da autenticação. De acordo com a investigação da Operação Face Off, o esquema utilizava várias tecnologias avançadas, incluindo:
Segundo especialistas em segurança digital, o grupo criminoso possuía elevada capacidade técnica, conseguindo obter semelhança suficiente nos parâmetros utilizados pelos algoritmos de validação facial que consultam as bases de dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A investigação da Polícia Federal identificou que a organização criminosa atuava em duas frentes principais:
A PF estima que cerca de 3.000 contas possam ter sido comprometidas, mas o número exato de vítimas e os valores fraudados ainda estão sob investigação.
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As consequências para as vítimas são graves, já que o Gov.br centraliza acesso a diversos serviços públicos e dados pessoais sensíveis. Com o controle das contas, os criminosos poderiam:
Especialistas em segurança digital recomendam algumas medidas para proteção contra esse tipo de fraude:
O Ministério da Gestão e Inovação, responsável pela plataforma Gov.br, informou que está reforçando os mecanismos de segurança do sistema de autenticação biométrica e analisando a implementação de camadas adicionais de proteção.
A operação “Face Off” continua em andamento para identificar mais participantes do esquema. Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático qualificada e associação criminosa, com penas que podem chegar a oito anos de reclusão.
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