Os juros rotativo do cartão de crédito são um dos mais altos do planeta. Por isso, neste artigo separamos dicas para você não cair nessa armadilha!
Todo brasileiro já ouviu falar dos juros rotativo, mas o que poucos sabem é que essa é uma armadilha que pode custar muito alto no seu bolso.
Afinal, esse é o juro que incide entre a diferença do valor total da fatura do seu cartão de crédito, e o pagamento mínimo que você realizou, e é considerado um dos mais altos não só do Brasil, como do mundo.
Por isso, se não tiver cuidado, a sua dívida pode virar uma tremenda bola de neve. E para que isso não aconteça com você, fizemos esse artigo para você entender como funciona esse tipo de juros e como não cair nessa armadilha.
Preparado? Então vem com a gente!
Juros rotativo, também conhecido como rotativo do cartão de crédito, é uma taxa que incide sobre um tipo de empréstimo que o banco oferece para quem não consegue pagar a fatura exatamente no dia em que ela vence. Esse empréstimo é conhecido como crédito rotativo.
Você já deve ter notado que quando vai pagar o seu cartão, há uma opção de pagamento mínimo. Pois bem, quando você decide pagar o valor mínimo, a diferença entre a fatura total e o valor que você pagou é uma espécie de empréstimo bancário.
Sobre esse valor incide uma taxa de juros que é conhecida como juros rotativos. Nesse sentido, quando você deixa de pagar o valor integral da fatura, certamente pagará uma taxa de juros para o banco. E ela não é pequena, viu?
Por isso, o planejamento financeiro, ou outras alternativas de empréstimo bancário são mais indicadas do que você pagar o mínimo da fatura do cartão.
Os juros rotativos são determinados pela empresa que emite o cartão de crédito. Portanto, é essa companhia que vai avaliar quanto deve ser o pagamento mínimo, e qual será a taxa cobrada pela diferença em aberto do cartão.
Mas é importante se atentar a um detalhe: antes essa taxa de juros ficava a critério somente da instituição financeira determinar, mas agora ela mudou.
A partir do dia 03 de janeiro de 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou um teto para os juros rotativo que passaram a ser limitados a 100% da dívida. Isso quer dizer que o valor da dívida com o cartão não pode ser maior que o dobro.
Vamos usar um exemplo para você entender como é calculado o crédito Rotativo. Imagine que o João gastou R$ 1 mil na fatura do cartão de crédito, e conseguiu pagar só o valor mínimo de R$ 100. Logo, ele tomou um empréstimo de R$ 900 do banco:
Portanto, em cima desse crédito rotativo o banco vai aplicar uma taxa de juros. Vamos considerar que ela seja de 10% ao mês, logo os juros serão de:
Portanto, na fatura do mês seguinte, o João terá que pagar R$ 90 de juros. Fora isso, também incide o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que nesse caso não faz parte da taxa de juros e é cobrado pelo governo. O valor é de 0,38% ao mês.
Como você pode ver, o cálculo é bem simples, e antes quando o valor não era pago por um tempo virava uma verdadeira bola de neve, mas isso começou a mudar de algum tempo para cá.
Em 2017 o Banco Central alterou o limite de prazo para o uso do rotativo por meio da Resolução 4.549/17 para 30 dias. Antes desse prazo, o uso era ilimitado.
Isso quer dizer que o rotativo só pode ser cobrado uma vez, e se o João não pagar no próximo mês os R$ 990, a instituição bancária tem que dividir o valor para ele, a uma taxa de juros que antes não era limitada, mas que agora não pode exceder 100% da dívida.
Vamos considerar o mesmo exemplo. Imagine que o João não pagou a fatura, ficou com R$ 900 em descoberto e no mês seguinte estava devendo R$ 990 para o banco.
Agora considere que no segundo mês ele não conseguiu pagar esse valor, então o banco é obrigado a propor um parcelamento dessa dívida. Porém, ela não pode exceder o dobro do valor contratado, que no caso é R$ 990.
Logo, considerando a soma de todas as parcelas, o valor devido não pode exceder R$ 1.880, sendo esse o teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional. Antes dessa resolução, as taxas ultrapassavam 400% ao ano.
Conforme falamos ao longo deste artigo, os juros do rotativo são cobrados quando uma pessoa não consegue pagar o valor integral da fatura do cartão, e ele não pode ser cobrado por mais de 1 mês consecutivo.
Dessa forma, se alguém teve que usar o rotativo do cartão em um mês, no mês seguinte terá que pagar a fatura do cartão, ou então o banco precisa propor um parcelamento do cartão de crédito seguindo as novas regras do CMN.
Geralmente o pagamento de juros é ruim porque ele consome uma parte da renda da pessoa, e quando é alto se torna ainda pior, podendo levar a uma situação onde a dívida com o banco cresce igual uma bola de neve.
E como os juros do rotativo são considerados um dos mais altos do mundo, eles se tornam totalmente prejudiciais e já levaram muita gente a dever até 10 vezes mais do que o valor que foi emprestado do banco.
Por isso, o Conselho Monetário Nacional vem limitando a cobrança do rotativo, a fim de evitar que o endividamento acabe com a renda das pessoas.
Agora que você já sabe o que são os juros rotativo e como ele pode prejudicar o seu orçamento, chegou o momento de entender como não cair nessa armadilha. Então vem com a gente!
A primeira dica que você precisa se atentar é avaliar quais são as taxas de juros cobradas pela sua operadora de crédito. Isso evita que você pague um valor alto caso não consiga pagar o valor total da fatura.
Ainda que não exista tanta diferença entre uma instituição financeira e outra, é vital fazer a comparação para caso aconteça um imprevisto, você pagar taxas menores.
A melhor maneira de você não cair nessa armadilha é ficar de olho na fatura do seu cartão de crédito. Portanto, vá acompanhando-a todos os dias, e controle para que o valor fique sempre dentro do seu orçamento.
É importante lembrar, que esse valor tem que ser líquido, ou seja, primeiro você deve considerar o pagamento de todas as suas contas fixas no mês como aluguel ou prestação da casa, conta de energia, água, telefone e o que sobrar é o que você pode gastar.
Se possível, tenha sempre o valor da sua fatura aplicado antecipadamente, pois em caso de demissão ou de imprevistos, você não ficará com a fatura descoberta.
Uma das coisas mais difíceis de controlar no orçamento são as compras a prazo, por isso, você precisa ter uma atenção especial a elas.
Por exemplo, se você parcela um produto de R$ 1 mil em 10 vezes de R$ 100 parece inofensivo, não? Mas e se você faz isso com 8 produtos? Aí o valor das parcelas acaba saltando para R$ 800.
E o problema é que se você se atrapalhar com o pagamento de uma fatura, ela vai encavalar em outra fatura e aí a situação pode realmente ficar preocupante.
Por fim, e não menos importante, é crucial pagar o valor integral da fatura. E como dissemos, a melhor maneira de conseguir isso é tendo esse valor na sua conta antes mesmo da fatura vencer.
Ainda que pareçam a mesma coisa, os conceitos são diferentes. O crédito rotativo é o valor da diferença entre o pagamento que você fez e o total da fatura. Em outras palavras, é a quantia que o banco está te emprestando.
Já o juro do rotativo é o percentual que o banco cobra por emprestar esse valor. Portanto, o juro rotativo incide sobre o crédito rotativo do cartão. Então, os conceitos não são iguais, mas estão relacionados um com o outro.
Agora que já demos algumas dicas e esclarecemos como o rotativo pode ser perigoso, vamos tirar algumas dúvidas que são muito comuns.
Essa é a principal dúvida que muita gente tem, e se você não pagar o juros do rotativo, o banco tem que oferecer um parcelamento para facilitar o pagamento. Se ainda assim você não realizar esse pagamento, então você fica inadimplente.
Nesse caso, o seu nome passa a constar nos principais birôs de crédito do país, e você perde o acesso ao crédito no mercado.
Se isso acontecer, pare, pense e respire. A decisão mais acertada é vender alguma coisa que você não usa imediatamente para quitar a fatura. Caso não tenha o que vender, você pode tentar um empréstimo para pagar a dívida.
Essa segunda opção tem juros mais atraentes que o rotativo, e também vai ajudar o seu score caso você pague as parcelas em dia, ao invés de prejudicar não pagando a fatura do cartão de crédito.
Se nenhuma das opções citadas forem possíveis, então o melhor caminho é parcelar a fatura do cartão no maior número de meses para que o valor da parcela caiba no seu bolso, e permita a você começar a se organizar.
Conforme antecipamos, o parcelamento da fatura é mais viável do que pagar o mínimo, uma vez que se você fizer isso, vai ter que pagar um juro mais elevado, e no mês seguinte terá que parcelar esse valor acrescido de juros inevitavelmente.
O rotativo é o juro cobrado pela diferença entre o valor total da fatura e o valor mínimo, ao passo que o parcelado tem taxas de juros pré-fixadas, e portanto, não há a incidência de juros sob juros, como no caso do rotativo.
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Como pudemos ver ao longo deste artigo, os juros rotativo são bastante prejudiciais para o orçamento dos brasileiros, ainda que avanços na legislação estejam garantindo que a dívida não se torne uma bola de neve como antes.
Todavia, todo e qualquer tipo de juro pode prejudicar o orçamento de uma pessoa, e por isso, o ideal é que o pagamento das contas, principalmente a fatura do cartão de crédito seja feita em dia.
Então, a melhor maneira é ter um bom controle do seu orçamento, acompanhando as entradas e saídas financeiras, e evitando um alto nível de endividamento.
Agora que você já sabe o que são os juros rotativo e como não cair nessa armadilha, é só organizar o seu orçamento. E se gostou deste artigo, visite o blog do Acordo Certo para ler outras matérias como essa!
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FAQ: Perguntas frequentes
Sim. O cliente é obrigado a pagar a taxa de juros caso não consiga pagar o valor total da fatura. Todavia, no segundo mês, o banco tem que oferecer uma condição de parcelamento, e se ainda assim ela não for aceita pelo cliente, então você entra para a lista de inadimplentes.
O limite rotativo é a diferença entre o valor da fatura e o valor mínimo pago, e há a incidência da taxa de juros nele. Já o parcelamento da fatura é um valor que será pago em vários meses sendo a taxa de juros prefixadas para que o cliente saiba exatamente o valor da parcela.
Nesse caso existe uma taxa de juros que é determinada pela instituição financeira e que é cobrada sobre o valor de cada parcela. Assim, ao final, o valor pago é superior àquele que estava em aberto, caracterizando a cobrança de juros em cada uma das parcelas.
A melhor maneira é ajustar o seu orçamento, deixando um valor para o pagamento da dívida em aberto. Então, deve-se fazer um parcelamento da dívida em uma quantidade de meses que o valor da parcela caiba dentro do orçamento que você possui.
O juro por dia de atraso deve seguir a legislação que é de 12% ao ano. Isso quer dizer que os juros mensais são de 1% ao mês e mais 2% de multa por atraso no pagamento da conta. Por isso, em caso de atraso o ideal é realizar o parcelamento da fatura.
Quando você paga só o valor mínimo de uma fatura em um mês, no mês seguinte a instituição bancária é obrigada a ter uma proposta de parcelamento daquele saldo devedor, e você terá duas opções: ou pagar o valor total, ou aceitar o parcelamento, não podendo pagar novamente os juros do rotativo por 2 meses consecutivos.
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