Saber o que é taxa selic é fundamental para saber a hora certa de tomar um empréstimo no banco. Descubra como ela afeta os empréstimos!
João tinha chegado em casa um pouco cansado do serviço. Ligou a TV para ver o noticiário e se deparou com a notícia de que a taxa selic havia subido. Intrigado ele perguntou para sua esposa: o que é taxa selic que tanto falam nesse jornal?
Pega de surpresa, Maria não soube responder, e aquela pergunta não saiu da mente do João. Ele queria saber o que é a Selic, e como ela poderia afetar a sua vida diária.
Teria a Selic alguma relação com o empréstimo que ele havia tomado para comprar sua tão sonhada casa própria? Para descobrir isso, ele decidiu ir até o banco para tirar suas dúvidas com o gerente da sua conta.
E se você, assim como o João, já ouviu falar bastante nessa tal da Selic, mas não tem nem ideia do que ela seja, não precisa ir até o banco. Aqui a gente explica tudo para você. É só continuar mais 3 minutinhos neste artigo!
A taxa Selic representa a taxa básica de juros da economia. Ela é definida por um Comitê, ou seja, uma espécie de organização onde algumas pessoas importantes que estudaram economia costumam se reunir.
Esse comitê é chamado de Copom, que significa Comitê de Políticas Monetárias. Esse pessoal se reúne a cada 45 dias para decidir algumas questões importantes na economia, entre elas a Taxa Selic.
É nessa reunião que eles decidem entre baixar, manter ou aumentar essa taxa básica da economia. Mas com qual objetivo eles decidem? A ideia central é aquecer e desaquecer a economia para conter a inflação.
A inflação é um fenômeno que representa a alta generalizada de preços. Quando os preços dos alimentos, roupas, aluguel, dentre outros itens que a gente usa no dia a dia começa a subir, isso quer dizer que há inflação.
Imagine que no ano passado, o João pagava R$20 no pacote de arroz, e agora ele paga R$30. Esse aumento de preço, quando generalizado, representa a inflação.
Bom, então agora você já sabe que a inflação é o aumento generalizado de preços, vamos então mostrar como o Copom decide aumentar e subir a Selic para conter essa alta.
Conforme falamos, a Selic é a taxa básica de juros da economia, então quando os preços começam a subir, o Copom aumenta a taxa Selic. Mas por quê?
A maioria das pessoas não compra tudo à vista. É comum parcelar geladeira, fogão, casa própria, carro e diversos itens que tem valor mais elevado, não é mesmo?
Então quando o Copom sobe a taxa Selic, o juro fica mais alto para comprar esses produtos parcelados, e o que o brasileiro faz então? Deixa para comprar depois.
Portanto, isso gera um desaquecimento do consumo, ou seja, os estabelecimentos vendem menos aqueles produtos, e qual o resultado? Eles baixam os preços, e consequentemente, acaba a inflação.
Mas e quando não tem inflação? Quando não há uma pressão de aumento dos preços, o Copom decide por manter ou baixar a taxa de juros, para estimular a economia, fazer as pessoas tomarem mais empréstimos e gastarem mais.
Por isso, a taxa Selic não é constante, ela costuma subir e descer ao longo do tempo, formando assim uma tabela, um gráfico que pode ser acompanhado principalmente no site do Banco Central do Brasil.
Como você pode ver, a Selic serve para controlar a oferta de crédito no país. Quando o João descobriu isso ele ficou meio intrigado e perguntou para o gerente da sua conta: mas como essa Selic afeta meu empréstimo?
O gerente paciente respondeu: João, uma parte do que o banco arrecada é investido em títulos do governo. Ou seja, a gente não empresta só para você, mas empresta dinheiro também para o governo.
Então quando o governo paga mais juros pra gente é mais atrativo emprestar dinheiro para eles, então a gente sobe o juros como um todo, inclusive para você. Aí o que acontece: a Maria, o José, a Ana, não tomam empréstimo porque acham que está caro.
E esse dinheiro não sai do banco. Eles poderiam usar esse dinheiro para comprar, construir, viajar, ou seja, o dinheiro ia movimentar a economia, e com a Selic alta não foi.
Por isso, a Selic serve para aquecer ou desaquecer a economia. Se ela está alta, tem menos dinheiro circulando porque as pessoas tomam menos empréstimos, e se ela está baixa, tem mais dinheiro circulando.
O João pensou e falou: hum, então uma parte do dinheiro que circula é empréstimo, e quando os juros estão altos tem menos empréstimo, menos dinheiro, as empresas vendem menos e o preço das coisas baixam?
Seu gerente satisfeito respondeu: isso mesmo João, aí a inflação fica controlada, e quando os preços começam cair demais, aí eles baixam a taxa de juros para voltar a ter mais dinheiro na economia, estimulando a tomada de empréstimos.
Essa pergunta o João fez logo na sequência, afinal, ele queria entender melhor essa dinâmica. Então seu gerente disse: ela funciona como um termômetro. Sabe aqueles que a gente coloca no braço?
Quando nossa febre está alta, nós tomamos remédio para baixar, não é mesmo? Então, é assim a Selic. Esse pessoal do Copom estuda muito, e fica avaliando a melhor hora de subir ou baixar a taxa de juros.
A ideia é que cheguem a um valor que não gere inflação e estimule a economia ao mesmo tempo. Mas como na economia tudo é muito dinâmico, eles precisam ficar acompanhando o tempo todo.
Como assim dinâmico? Bem, a todo momento pode acontecer do arroz ter uma safra ruim, do gado não ter dado muito leite, de um país entrar em guerra, tudo isso interfere no preço dos produtos e o Copom precisa ficar atento a tudo.
Ao ser questionado, o gerente do banco abriu um largo sorriso e respondeu: no caso do seu empréstimo pessoal, ela não vai afetar agora, mas se você tomar um novo empréstimo, a taxa de juros será diferente.
Isso porque, quando eu fiz o seu empréstimo, a gente definiu a taxa de juros na hora que você assinou o contrato, então as parcelas são fixas e você não precisa se preocupar, tá bem?
Mas esse apartamento aqui que você fez com a construtora e que vamos financiar ele no final da obra, pode variar. Pois estou vendo o seu contrato, e o valor dos juros das parcelas segue a taxa Selic.
Então se ela aumentar, sua dívida vai ficar muito maior, já se ela baixar, sua dívida vai diminuir e você terá mais fôlego para pagar.
Como você pode ver, João, continuou o gerente, se você tem uma dívida que o valor dos juros está atrelado à taxa Selic, ou qualquer outro índice que siga ela, você será afetado.
Portanto, quanto mais dívidas você tem desse jeito, maior será o valor que você deve, e isso pode impactar negativamente seu planejamento financeiro. Inclusive, se você precisar de um outro empréstimo pessoal com a Selic mais alta, vai pagar mais caro.
O João ficou satisfeito com a resposta. Ele entendeu que a Selic serve para controlar a inflação impactando a taxa de juros dos empréstimos e financiamento. Então quem tem dívida precisa ficar atento a ela. Com base nisso, ele questionou:
Ao fazer essa última pergunta, o gerente falou que ele não precisa acompanhar a reunião, mas ler noticiários sobre economia, pois, a cada 45 dias eles falam se a Selic aumentou ou diminuiu.
Ele foi ainda mais longe e explicou para o João que o Banco Central toda segunda-feira às 08h30 da manhã emite um relatório chamado Relatório Focus que mostra a expectativa da taxa Selic para os próximos anos.
Então o João disse: hum interessante, se eu ver esse relatório toda semana posso saber se a tendência da Selic é aumentar ou diminuir e descobrir a hora certa de tomar um empréstimo, ou renegociar a minha dívida? Exatamente, respondeu o gerente.
João ficou muito satisfeito com a explicação, mas ele tinha uma última dúvida antes de ir embora do banco.
O gerente falou que nesse caso acontece o inverso. Quando a Selic está alta, os juros que ele ganha sobre seus investimentos aumentam, e quando a Selic cai os juros sobre o seu investimento também caem.
A lógica disso é estimular que a população faça poupança, ou seja, também fique com mais dinheiro guardado, fazendo com que haja menos gastos domésticos para os preços caírem.
Então se a Selic está alta, falou João, o ideal é guardar mais dinheiro e só tomar empréstimo se for muito necessário, e quando ela está baixa, posso usar o dinheiro para comprar alguma coisa, e até mesmo tomar um empréstimo?
Isso mesmo, respondeu o gerente, você aprendeu direitinho como funciona a Selic, agora já pode começar a acompanhar o relatório e aplicar no seu dia a dia.
Contamos essa história para mostrar que a taxa Selic interfere na nossa vida, assim como do João. Portanto, uma decisão de aumentar a taxa de juros ou diminuir deve ser vista por todos nós brasileiros.
Assim, podemos saber a hora certa de realizar um sonho como fazer o financiamento de uma casa, aproveitando a melhor taxa de juros, e também saber a hora de guardar um pouco de dinheiro para comprar algo maior mais para frente.
Apesar de ser uma taxa usada para conter a inflação, ela impacta diretamente nossos empréstimos, o juros rotativo do cartão de crédito e até mesmo nos nossos investimentos por menores que eles sejam.
Por isso, é tão importante saber o que é a taxa selic. Gostou? Então aproveite, acesse o blog do Acordo Certo e leia outros artigos como esse.
A taxa Selic alta é boa para conter os preços dos produtos, evitando que a inflação acabe com o poder de compra dos brasileiros. Já baixa, permite a tomada de empréstimos e a realização de sonhos. Portanto, a melhor taxa depende do momento da economia.
Quando a Selic cai, os empréstimos bancários se tornam mais baratos, possibilitando a tomada de empréstimos com juros menores. Por outro lado, o dinheiro guardado no banco em CDB, LCI e outras aplicações passa a render menos.
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